Pandeiro do Mestre:
O Pandeiro do Mestre é um grupo formado por pessoas da capital, porém, religiosamente e afetivamente, ligado ao sertão do toré dos índios e ao samba de coco. É um coco de toré de feição urbana, adiciona instrumentos do coco de roda à sua formação e ganha o baque muito característico dos cocos de beira-mar. O grupo é formado por Nilton Jr - voz, maracás, bombinho e apito; Bruno Vinizoff - bombo; José Batista - maracás e sax; Isael Araújo - matraca e tarol; Jackeline Alves e Bárbara Gonçalves, coro e apito. O primeiro cd do coco “Pandeiro do Mestre - Coco de Toré” tem participações especiais de Tiné, Siba, Coco Raízes de Arcoverde, Coco Bongar, Zé Neguinho do Coco, Índios Pankararu e Fulni-ô de Pernambuco.
Coco Raízes de Arcoverde
O grupo surgiu do encontro das famílias Gomes e Calixto, tradicionais brincantes do coco na cidade de Arcoverde. Lá, o grupo formado por pessoas dessas duas famílias é expoente da forma de coco que reúne a batida pesada do trupé - percussão marcada pelo tamanco dos dançarinos – a letras singelas e tradicionais. Iniciada por Lula Calixto, ferrenho defensor da cultura popular sertaneja, a saga do Coco Raízes representa o apego do povo às tradições e o esforço para preservá-las. O grupo já têm três cds gravados e constantemente se apresenta em festivais de música do Brasil e do exterior.
Coco de Tebei
Grupo é formado por agricultores e tecelões do distrito de Olho D´Água do Bruno, distante cerca de 10 km de Tacaratu, sertão de Pernambuco. O nome do grupo refere-se à modalidade de coco cantado e dançado pela comunidade com o objetivo de aplainar o chão de barro de casas em construção. No coco de tebei não há instrumentos e o ritmo é marcado pelos homens com os pés, enquanto as mulheres cantam. Recentemente o Tebei lançou o dvd e cd “Eu tiro o couro do dançador”, produzido pela Sambada Comunicação e Cultura e com o apoio do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura – Funcultura.
Grupo Cultural Indígena Fethxa
Representando a tribo Fulni-ô, o Fethxa apresenta o samba de coco, através da dança e dos rituais da cultura indígena da região, cantando em Yanthê (idioma Fulniô) e em português. Formado por quinze índios que vivem na aldeia, em Águas Belas, O Fethxa representa os anseios dos índios pernambucanos, na cobrança de uma sociedade mais justa, e com uma maior atenção às causas indígenas. As letras do Fethxa são de autoria de Manuel de Matos, o popular Matinho, a voz e o organizador do grupo, sempre inspirado nos costumes da cultura Fulni-ô.
Índios Pankararu
O grupo indígena Pankararu ou Pankaru está localizado na zona do Sertão do São Francisco, distante 412 km, da capital do Estado. A população atual do grupo indígena Pankararu é de 4.146 índios, distribuídos em núcleos familiares, ocupando uma área de 14.294 ha. Esta população é essencialmente rural, com dedicação quase exclusiva ao trabalho agrícola. Devido ao trabalho realizado pelos missionários, os índios cultuam a religião católica, observam o calendário de festas populares religiosas, mas mantêm também rituais, danças e folguedos próprios da sua cultura.
O Festival Coco de Toré – Pandeiro do Mestre e convidados contará com a participação de índios da etnia Pankararu, da localidade de Brejo dos Padres, numa roda de toré no dia 7 de fevereiro. O toré é dançado ao ar livre por homens, mulheres e crianças, geralmente nos fins de semana. O ritmo é marcado pelo som de maracás feitos de cabaças. Os versos da música são cantados em português, misturados com expressões do antigo dialeto da tribo. A dança do Toré é regida por uma música fortemente compassada, o Toante, cantado por apenas um “cantador” ou “cantadora” e que encontra respostas periódicas nos gritos uníssonos e ritmados do grupo de bailarinos. É nas danças e nos rituais que a cultura dos índios Pankararu está mais bem representada. Do dialeto da tribo só existem alguns vestígios nos cantos que acompanham as danças. Sua língua nativa não conseguiu sobreviver.